quarta-feira, 12 de outubro de 2011

VIVA A MÃE DE DEUS E NOSSA!!!








Hoje, o Brasil, em uníssono, canta este refrão para Aquela escolhida desde toda a eternidade para portar em Seu ventre imaculado o Divino Redentor do gênero humano. Hoje, o Brasil se ergue em louvação a sua Mãe, Rainha e Padroeira.


Mãe, porque nos foi dada, ao lado dos sacramentos, por Jesus na cruz: “Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe’. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa” (Jo 19, 26-27). Rainha, por ter dado à luz ao Rei dos reis e Senhor dos senhores. Recebe os méritos divinos de, ao lado do seu Filho, exercer o múnus de Onipotência Suplicante, junto Dele, Ela que é protótipo da Igreja coroada de estrelas: “Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12, 1). Padroeira, porque, sendo complacente com a humanidade ferida e acabrunhada por tantas dores (inclusive aqui no Brasil), Ela, com a sua maternal intercessão, nos auxilia, como que dissesse constantemente ao seu Jesus: “Eles já não têm vinho” (Jo 2, 12).


Neste sentido, tomando como norte o motivo que apresentamos do padroado de Maria, nos perguntamos: Qual é o vinho que falta ao povo brasileiro? Entendamos por esta bebida, as alegrias, produzidas por uma vida em que transparece a dignidade do homem pleno, inclusive no referente à vida material. O vinho que falta aos brasileiros é de mais variados sabores: desde uma vida menos pervertida em seus costumes nada evangélicos, até mesmo o que esta vida corrupta, em si, embute: desemprego, fome, miséria, exclusão, violência, analfabetismo, fraudes de alguns representantes do povo, falta de saúde e assistência dos órgãos públicos... Maria intercede pelos filhos que ganhou na cruz de seu Filho, nunca nos desampara.


É interessante como ela, complacentemente, se identifica com os “sem voz e sem vez”, se coliga com os sofrentes de uma sociedade excludente. Maria é Mãe que se incultura com os povos: no México, com os indígenas; na França, com os doentes; no Brasil, com os negros sob o jugo da escravidão. A Imaculada Conceição Aparecida é, através de sua imagem enegrecida, rosto do homem novo redimido por Cristo, porque foi ela a primeira a ser redimida, mesmo sem ter o Pecado Original. Com toda justeza, o Bem-Aventurado João Paulo II tê-la chamado co-redentora, porque, pelo seu FIAT, ela coopera de maneira singular com o projeto da redenção da humanidade.


Maria, ao se inculturar em suas aparições, cumpre a sua missão de Discípula-Missionária: Ela não é o centro do intervento miraculoso das aparições, mas o Cristo que porta. No Brasil, a imagem negra de Aparecida porta o Salvador em seu ventre, está gestante. Daí Santo Agostinho, no século IV, afirmar: “Antes de ser Mãe segundo o corpo, Maria já o era segundo o seu espírito”, porque em seu coração já estava o Verbo, a Palavra.


Aos que afirmam absurdos, fruto de uma incredulidade barata, a Igreja, com a propriedade de Mestra e Mãe, diz, no Concílio Vaticano II: “A função maternal de Maria, em relação aos homens, de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia. E de nenhum modo impede o contato imediato dos fiéis com Cristo, antes o favorece” (LG 60). Ela nos impele a Jesus: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2, 5).


Brasileiros, em meio as vossas cruzes, olhai a Mãe de Deus, olhai a vossa Mãe. Ela, o Refúgio dos Pecadores, o Auxílio dos Cristãos, vos socorrerá. Fitai as mãos de Maria em sua imagem brasileira: elas estão postas, apontam para o alto, para o seu Senhor, o nosso Senhor e Deus. Confiai as vossas aflições Àquela que em cujo coração foi transpassado pelas setas de dores (cf. Lc 2, 35). Ela intercederá por vós. Buscai Maria e Ela vos levará ao seu Filho. Recorrei a Maria, Ela está próxima a vós, fazendo-se um convosco. Clamai, ó filhos da verdadeira Mãe Gentil: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!” Não sejais egoístas e clamai também pelos indiferentes à fé católica, e continuai a prece: “E por aqueles que não recorrem a Vós!” Rezemos a “Mãe de Deus e nossa”!

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