sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O caminho sinodal é a catolicidade

    Desde à segunda-feira me vem a necessidade em escrever sobre. Num primeiro momento, indubitavelmente, pelos argumentos d'alguns dos Padres Sinodais que ''ad limina'' ao sucessor de Pedro ''devem'' ser com o cabeça do Colégio dos Doze, sã guardiães da piíssima Doutrina, que, atenção, não são códigos indecifráveis e mais: não são ''fardos pesados'' para serem colocados às costas. Neste sentido, portanto, vale a profissão de fé dos nossos ''irmãos mais velhos'', como diz o Papa Bento XVI ao se referir ao crente judeu. Toda a fé de Israel angula-se ao seu "Shemà'', ao ouve a ''Adonai''. Ao dia, por dezoito vezes, o judeu piedoso canta com o coração este que é o arrimo recebido da paterna .
       A primeiríssima observação e, nesta reflexão, a que me interessa e partilho convoco, irmãos, é que depois do vocativo (Ouve), diz o Livro do Deuteronômio: ''Ouve, ó Israel, o Senhor o nosso Deus, o Senhor é UM!'' (cf. Dt VI, 4-9). Não obstante, a este ''Um'', que deveria o povo de Deus, quando saiu do Egito, da servidão ao faraó, muitas vezes ''voltara-se'' contra o Único Deus e, abandonando-O, ''prestaram homenagem'' aos seus ídolos e, assim, aquela ''Unidade'', para Israel já estava prostituída por uma miríade de ''uns'' e este transviar-se, ''de um povo de cabeça dura'',nos evidencia na história sagrada os infortúnios pelos quais nossos irmãos na fé abraâmica foram submetidos. A partir desta colocação, portanto, vale-nos a diligência para o preciosa acepção encontrada ao vocábulo ''Sínodo''. O dicionário é preciso: "Sýnodos'', do grego, significa 'caminhar juntos'. 
       
 Os sínodos podem ser convocados pelo Papa como Bispo de Roma e Príncipe dos Doze, mas também, pelo Bispo local em sua Diocese quando convoca seu presbitério e os fieis para que à lâmpada da Tradição que dá o ''sensus fidei'' e o ''sensus ratio'' , cheguem, pelo Espírito Santo de Deus, atenção, não ao que ''uma maioria decidiu'', todavia, sempre a uma reflexão, a uma conclusão, que, ''atento(s)'' aos desafios duma vivência árdua da fé, sejam sempre capazes, com todas as aflições que o mundo moderno impõe, ''dá os motivos da sua esperança''.
         Ainda sobre este ''caminhar juntos'' preocupa-se as arbitrariedades colocadas como ''reflexão'' por parte dalguns padres sinodais, que se encaminha não mais para um ''caminhar juntos''- que é a lógica do Dia de Pentecostes- mas uma disputa como aqueles que estavam dispostos a ''construir'' a Torre de Babel e, separados, foram responsáveis pela confusão das línguas. Ademais, irmãos, o ''caminhar juntos'', é com razão uma das notas da Igreja: ela é Católica, porque, à inteireza da fé, é ''dispersa'' por todo o mundo para anunciá-LA de modo a ecoar aquele: ''que o vosso sim seja sim e o vosso não seja não''. Se este não é o ''caminhar juntos'' da Esposa de Cristo, cuja ''praxe''-pastoral é esta proposta, parafraseio o que disse por esses dias o Cardeal Burke, ''já não será mais católica.''

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