sábado, 14 de novembro de 2015

Bento XVI, a Razão, a Fé e o Islamismo




     Já havia passado o primeiro ano do seu pontificado. O ano era o de 2006. Regressa, agora, como Vigário de Cristo à Universidade de Regensburg em a sua Alemanha o catedrático teólogo Joseph Ratzinger. Como já lhe era familiar, o novo Papa, agora, iria mais uma vez discursar para um grêmio formado por estudantes, professores e, certamente, representantes de outros credos.
Nessa Aula Magna, o Papa, como exímio pensador traz a lume a ponte que há entre a Religião e a Razão. Já, o seu predecessor, acenava para a conjugação quando diz que a fé e a razão caminham juntas. Não há estranhezas entre essas duas balizas que acompanham o peregrinar do Homem. Bento XVI, amiúde, faz uso da Filosofia Clássica e, imediatamente, a justapõe com a Revelação, com o Deus de Israel. O Santo Padre responde:"(...) se manifesta a profunda concordância entre o que é grego na sua parte melhor e o que é a fé em Deus baseada na Bíblia."
 Sem mais delongas, eis:
Percebe-se que o Papa discursa para cientistas. Às entre-linhas de caudalosa palavra, com maestria mostra que a Religião só pode ser feita através desta "Razão Criadora", por isto, o "Logos" que é necessariamente o nascedouro do pensamento filosófico quando há a queda do "mito" e, agora, há como se argumentar. A Religião, como se vê, não é uma realidade solta e subjetiva de modo que se diga alienado: ''Tenho ou não tenho Religião. Crer e não crer para mim tanta faz". Estas taras são completamente absolvidas pelo que diz o Papa:"Logos significa conjuntamente razão e palavra – uma razão que é criadora e capaz de se comunicar, mas precisamente enquanto razão." O celebérrimo discurso de Bento XVI que foi mais um motivo para vociferá-lo de intolerante, preconceituoso, reacionário... foi assim mal interpretado porque ele se utiliza dum fundamento da história do Islão com o Cristianismo para o esboço donde ele quer chegar.
    O Sumo Pontífice chega em sua primeira intenção, como já se referiu: Sem a Revelação fundamentada no "Logos" a Religião não existe. Sê-lo-ia apenas mítico. Para isto ele se compraz com a cena da Sarça, onde o "Eu Sou" de Adonai é o oposto de todas as mitologias gregas. " com este novo conhecimento de Deus, cresce uma espécie de iluminismo que se expressa drasticamente na derisão das divindades como sendo apenas obra das mãos do homem."
A segunda intenção do Papa é para mostrar ao Mundo e aos crentes que há uma dissociação "completa" duma concepção de Deus que "em nome da fé" destrói o Homem. Esta, além de arrogante tentativa, de um "condicionamento'' do Sagrado à prepotência arbitrária-ideológica, o é completamente "irracional", não se compraz com o Deus Revelado que é "Logos", "que viu que era bom", diz o Gênesis.
     
      Apesar do Islamismo ser monoteísta, a ideia de Alá, como deus que trucida, que manda matar porque só há um só povo não é, insista-se, o Revelado e que tem o nome: Jesus Cristo que "viu a aflição do seu povo e desceu", que pode nos encontrar, e, assim, declara de modo ímpar Bento XVI:" (...) o Deus verdadeiramente divino é aquele Deus que se mostrou como "Logos:" e, como logos, agiu e age cheio de amor em nosso favor."
Convertamos-nos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário