Certo
dia, um pregador ia anunciar o Evangelho de Cristo para uma multidão faminta e
sedenta de Deus, porém não vivia aquilo que pregava. Pergunta-se: Como se pode levar
o povo à salvação pela pregação, sem antes, o próprio pregador viver o que
prega? Ah pregadores! Por que não viver antes de pregar? O povo necessita da Palavra
de Deus, mas, sobretudo do testemunho.
Sabemos que os homens têm os corações
duros, fechados; em uns a Palavra de Deus cresce, em outros é sufocada; mas em
muitos, a graça de Deus, pelo testemunho cristão, faz crescer e germinar frutos
nos corações que eram duros e fechados e agora não mais o são.
Tenhamos em conta que quando o pregador
proclama algo, quando fala algumas palavras os primeiros ouvidos a escuta-las
são os seus; por isso, as palavras do Evangelho devem ser semente primeiramente
no coração daquele que o anuncia. As palavras de Jesus devem dar frutos também,
e principalmente, no coração do pregador, no coração do missionário
evangelizador.
Viver como Jesus viveu, pregar como ele
pregava. Eis aí a forma correta com a qual os discípulos devem anunciar o Evangelho:
como Jesus! Ah! Será difícil o dia do Juízo para os pregadores infiéis por que almas
estão nas mãos destes missionários; por isso, pregadores que não fazem do anúncio
do Evangelho um testemunho de vida, que não vivem aquilo que dizem, que contradizem
na vida aquilo que falam correm o risco de perder almas e não darem frutos; e
pero fim perderem-se a si próprios.
“Um
homem é bem forte para convencer e persuadir, quando se vê que ele pratica tudo
o que ensina” (Introdução dos Catecismos de São Cura d’Ars); ou como ensina
São Francisco “pregue o Evangelho em todo
tempo, se necessário, use as palavras”. Ou seja, o testemunho arrasta mais
do que as próprias palavras proclamadas. O que adianta falar muito e viver
pouco daquilo que se diz? Nada! Qual será o exemplo que as pessoas terão? Viver
e pregar são duas atitudes que devem estar unidas.
Por Iury Nascimento
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