sábado, 16 de março de 2013

V Domingo da Quaresma

(Ano C - 17 de março de 2013)

Pelo Seminarista André Fernandes



I Leitura: Is 43,16-21
Salmo Responsorial: Sl 125(126),1-2ab. 2cd.-3.4-5.6 (R/ 3)
II Leitra: Fl 3,8-14
Evangelho: Jo 8,1-11


Caros irmãos,


A Liturgia deste Domingo, no Quinto da Quaresma, expor-nos-á aquele quadro do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João: a mulher surpreendida em adultério. 

Alguns estudiosos dizem que, na verdade, o acontecido foi uma situação criada para apanhar Jesus nalguma situação para condená-lo à morte. Todavia, a passagem da Escritura nos concede importantíssimas lições para a nossa ''praxe'' de cristãos. Antes de analisarmos os pormenores do texto, recobremos a Liturgia do Quarto Domingo Comum, ''O filho pródigo, o filho mais velho e o Pai misericordioso'' uma vez que a Liturgia deste domingo aponta para o mesmo viés: A Misericórdia Deus, encarnada e personificada no Filho de Deus. Vejamos: são os fariseus, os mestres da Lei, aqueles ditos doutos das Sagradas Escrituras, mas que se tornaram insensíveis e não foram capazes de reconhecer Aquele que da Lei é o Suplemento; a Plenitude! 

Há um dado na Primeira Leitura do Profeta Isaías e que devemos trazer à lume da nossa consciência de homens e outrossim de cristãos. Diz-nos Isaías: ''Eis que faço nova todas as coisas''. O contexto abordado pelo Profeta é a volta do povo de Israel do Cativeiro da Babilônia. Um momento triste, como sabemos. Um tempo em que o Povo de Deus esqueceu o Deus da Aliança e entregou-se à prostituição idolátrica servindo aos deuses estrangeiros. Mas, eis que Deus não se cansa de fazer e refazer! Que se pode concluir, senão as palavras do salmista que a Igreja cantará no Segundo Domingo da Páscoa: ''Eterna é a sua misericórdia.''


No pensamento do quadro do Evangelho, podemos, sim, considerar o renovado feito do Senhor de Israel em Jesus, quando, com Aquela, tida por ''mulher adúltera'', põe-se face a face. Nosso Senhor vai no mais profundo do ''ente''. Pergunta-lhe: ''Quem te condenou? [...] Nem eu te condeno! Vai e não voltes mais a pecar.'' Pronto, aqui se encontra o miolo do colóquio de Jesus com a mulher. A misericórdia de Deus para conosco é eterna. Ela suplanta as mais possíveis e impossíveis concepções criadas. Mas, lembremo-nos: Deus, que é misericordioso, deseja-a, o que significa querer a nossa libertação total das algemas do pecado, por isso diz Jesus: ''Vai e não voltes mais a pecar''. Renovar-se em plenitude significa encontrar-se com a Misericórdia e, com ela, confrontar a nossa existência e crermos nas palavras do salmista: ''Transformastes meus farrapos em adornos de alegria''.

Um santo Domingo para todos e acompanhemos o primeiro Ângelus com o Santo Padre, o Papa Francisco!

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